O plano de modernização de 1905 encarregou a Inglaterra para a construção de alguns navios para a marinha do Brasil. Foram encomendados os encouraçados da classe Minas Geraes e para a classe Bahia de cruzadores leves. Teve sua quilha batida no dia 19 de agosto de 1907, no estaleiro inglês Armstrong Whitworth, sendo lançado no dia 20 de janeiro de 1909 e comissionado em 21 de maio de 1910. Logo no início de sua carreira, teve participação na revolta da chibata, ocorrida no Rio de Janeiro, junto aos dreadnoughts Minas Geraes e São paulo.
O cruzador Bahia foi comissionado em 1910 com 3100t, 122m de comprimento, 11,91m de boca e 4,75m de calado. 10 canhões de 120mm, 6 canhões de 47mm e dois tubos de torpedo de 257mm. Era propulsionado por três hélices, chegando a uma velocidade máxima de 25 nós e gerando uma potencia de 20.010 HP.
Durante a primeira guerra mundial, participou na escolta de comboios do atlântico ao longo da Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG) ao comando do contra-almirante Pedro Max Fernando Frontin, em janeiro de 1918. Nesse período, operaram majoritariamente na escolta de comboios da costa africana até as américas. A tripulação foi atingida pela gripe espanhola em setembro daquele ano, com 95% das tripulações da força naval onde o Bahia operava tendo sido infectada. O contágio começou no Bahia em si.
No entre guerras, O Bahia passou por processos de modernização no Rio de Janeiro logo no início da década de 1920. Visitou filadélfia em 1926 para uma exposição militar e escoltou figuras como Júlio Prestes em junho de 1930 e Getúlio Vargas na ida para a Argentina, junto com seu navio irmão, Rio Grande do Sul e o dreadnought São Paulo.
Bahia atracado na ilha do viana em 1922.
Na Segunda Guerra, participou novamente de diversos comboios mercantes, escoltando os navios junto com contratorpedeiros e caça-submarinos.
Em 1945, ao fim da Segunda Guerra na Europa, o cruzador encontrava-se na costa brasileira, mais especificamente no litoral nordeste. A tripulação encontrava-se em um estado mais descontraído, por conta do fim do teatro de operações na Europa e consequentemente no atlântico.
Foi erguida uma pipa para efetuar um treinamento de disparo antiaéreo na popa do navio, onde seriam usados canhões 20mm. Houveram, então, disparos acidentais ocorridos que acabaram atingindo as cargas de profundidade, que, por consequência acabaram as detonando.
A detonação acabou arrasando o convés do navio e todos os tripulantes neste, e o navio afundou em aproximadamente 3 minutos.
Outras teorias são de que a arma não fora acionada de maneira correta, e que havia disparado sozinha contra as cargas. Há também a hipótese de aquilo havia sido, na verdade, um ataque de um U-Boat desertor, que desobedeceu o comando de cessar fogo dado por Karl Dönitz ao fim da guerra na Europa e a eventual rendição da Alemanha, realizada em maio daquele mesmo ano. Essa idéia é reforçada a partir do fato de que um contratorpedeiro escolta supostamente havia detectado um submarino não identificado a uma distância próxima dali, horas antes do acontecido.
Ao todo, foram 36 resgates de uma tripulação de 336. O naufrágio foi bruto e violento ao ponto de não disponibilizar janela de tempo para que a tripulação escapasse propriamente, e para piorar a situação, foi relatado que haviam tubarões naquela região, que acabaram se alimentando das vítimas.